Devota realiza Puja com essência, flores, incenso, lamparinas e alimentos. (Panchopachara Puja)
Namaste
amigos,
Para viver
o Dharma, ou seja, usufruir de seus frutos em nossas vidas devemos praticá-lo. Não
é apenas a leitura de textos que demonstra a nossa gratidão as Deidades. È a prática
devidamente orientada que traz à vida as divinas opulências e abre nossos corações
à Força Espiritual da Divindade.
“... nos
fez também capazes de ser sacerdotes de uma nova aliança, não da letra, mas do
espírito, porque a letra mata e o espírito vivifica.”
São Paulo,
em sua carta aos Gregos da cidade de Corinto.
II Coríntios,
III, verso 6.
A Guru Shree
Maa do Templo Devi Mandir afirma: “Cada casa é um Templo e os seus ocupantes são
os sacerdotes”.
Ora, a
primeira pergunta que nos vem à mente é: “O que fazem os sacerdotes ?”, “Será
que eles passam os dias apenas lendo livros ?”. De forma alguma ! Os sacerdotes
praticam suas disciplinas espirituais, suas Sadhanas para concentrar a sua
Força Espiritual, a sua Shakti. Então,
fazem os rituais externos (Bahya Puja) que expandem a Shakti acumulada e
inundam o mundo com suas bênçãos. Seguir o Dharma é estar espiritualmente vivo,
ou seja, concentrar e expandir, como o fazem todos os organismos vivos.
Ler repetidamente um mesmo livro não gera nenhum fruto se não houver prática.
O Dharma é
um estilo de vida baseado numa lógica muito profunda que leva em consideração vários
elementos sutis que não são normalmente percebidos pela maioria dos homens. Para
praticar adequadamente o Dharma devemos superar superstições e crendices muito comuns
como aquela que alega que a Divindade não poderia ser adorada através de suas
Divinas representações, suas Murtis.
“Da mesma
forma que o leite é produzido através de elementos do corpo inteiro de uma vaca
porém só é extraído através de suas tetas, o Supremo Atman, apesar de
omnipresente, só se manifesta através das representações da Divindade, ou seja,
das suas Murtis.”
Mantra Yoga
Samhita
Os vícios de
caráter também devem ser superados para ter uma vida harmoniosa e uma
espiritualidade sadia. A avareza, por exemplo, alimenta a crendice de que a
adoração insípida seria agradável à Divindade pois ali não há custos e nenhum
dinheiro é gasto. Adoração insípida é aquela onde não há nenhuma gratidão pela
opulência recebida, é aquela onde o devoto se apresenta de mãos vazias
esquecendo-se de que tudo o que existe veio da Divina Mãe do Universo. Ali não
há lamparinas (ou velas), não há incenso, não há alimentos ...... não há nada
além de soberba e encenação.
“o jesus saiu e ocultou-se deles ...”. verso 36
“Cegou os seus olhos e endureceu seus corações, de modo que não enxergam
com os olhos e não entendem com o coração”. verso 40
Evangelho
do apóstolo São João XII.
As opulências
da Divindade são percebidas através do auxilio dos nossos sentidos. É a nossa
visão encantada pelo brilho dourado da lamparina que nos lembra da Divindade. É
o nosso olfato embriagado pelo aroma do incenso que nos lembra que a Divindade
está em todos os lugares. É o nosso paladar saudoso dos sabores esplendidos das
frutas e alimentos sobre o altar que nos remete à alegria de saber que a
divindade está sempre próxima à nós. O altar vazio cega os olhos, entope nossas
narinas e corta nossas línguas nos tornando mortos-vivos incapazes de entender
que a Divindade está em todos os lugares.
Cena de filme: morto-vivo ajoelhado mas nada muda ao seu redor.
Antes de
qualquer disciplina espiritual, de qualquer Sadhana, consagre aquele momento
para que se torne um momento especial. Algumas dicas podem ajudar bastante.
Todas estas podem ser acompanhados de Mantras específicos usados nestas ocasiões,
estes Mantras podem ser aprendidos direto de seus Gurus.
1. Tome um
banho antes de começar. Mesmo uma simples recitação de Mantras adquire uma nova
energia com um banho prévio. Caso um banho não seja oportuno, lavar o rosto é
aconselhável.
2. Logo no
começo de sua disciplina acenda uma lamparina de ghee, de óleo ou uma vela. Faça
isso mesmo em rituais feitos durante o dia. Tenha também uma vareta acesa de um
incenso de boa qualidade.
3. A presença de algum alimento no local
onde se recita Mantras é sempre muito auspiciosa. A maneira mais simples de fazê-lo
é ter uma pequena bandeja de frutas, ou até mesmo apenas uma fruta. Há regras
especiais para a presença de alimentos cozidos no altar, caso não conheça esses
detalhes é melhor deixar este procedimento para quando estiver mais experiente.
Ao final da prática pode consumir os alimentos ou distribuí-los entre aqueles
que lhe são queridos.
Jaya Maa.
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