domingo, 12 de fevereiro de 2017

A estória de Joãozinho


A estória de Joãozinho

Joãozinho era uma pessoa simples mas tinha uma intensa busca espiritual. Ele buscava respostas para as duvidas em seu coração e um belo dia Joãozinho encontrou uma comunidade Católica no FaceBook. Ele nunca tinha entrado numa igreja, nunca tinha sequer visto uma pessoalmente mas achou tudo aquilo muito lindo ..... Logo no dia seguinte Joãozinho espalhou para todos os seus amiguinhos que ele era católico e que os ensinaria sobre aquela bela religião. Na semana seguinte Joãozinho já se preparava para rezar a sua primeira missa e pensava em mudar o nome de seu perfil para Bispo Joãozinho......

Imaginar uma situação patética como esta é engraçado e ninguém poderia supor que  pudesse ser real ........ mas é o que pode acontecer com religiões de locais distantes como o Sanatana Dharma (Hinduismo) ou o Tantra Hindu ou Budista. O sujeito nada sabe mas se apresenta com um perfil de liderança.  - Mas, como ele consegue simular um conhecimento que  ele não tem ?  - Ele usa jargões simples e superficiais como: “Não precisamos de instrução !”, “Siga seu próprio coração !”, “Cada um interpreta como quiser !” (Sola Scriptura) ...... Distorcendo uma parte da Verdade para esconder sua ignorância.

Pessoas assim não são católicas, não são Budistas e nem sequer Hindus. A sua fantasia pessoal de que “cada um faz do seu jeito” as aproxima das seitas protestantes e da crença que uma pequena leitura de um livrinho ou de uma página na internet as tornará especialistas da fé (Sola Scriptura). Elas não conseguem perceber que o Dharma Tantrico vai muito além de um livrinho e que há muito o que aprender por convívio, reflexão e vivencia pessoal. Joãozinho com sua roupinha de freira (que ele achou bonitinha) se preparando pra “rezar sua missa” é um exemplo disto. Ele nunca foi batizado, nunca assistiu uma missa e nem foi consagrado padre mas em sua soberba ele se considerava o maior dos católicos. Não sabia rezar um terço, nunca fez uma novena, não conhecia sequer o traje dos padres e, então, sua roupa de freira o traia e mostrava a todos a sua ignorância.

Não é de se estranhar que sujeitos assim terminem seus dias num galpão de adoração pentecostal ou num manicômio. O nosso Joãozinho era sincero em sua busca espiritual mas lhe faltava maturidade para aceitar que precisava se aprofundar e lhe faltava também humildade para buscar aqueles que poderiam ensiná-lo.


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