domingo, 16 de outubro de 2022

Importância das referências escriturais


 

Mencionamos com freqüência a necessidade de referencias escriturais para a compreensão e estudo do Dharma. Mas afinal, o que são referencias escriturais e como podemos apreciá-las ?

 

Conforme definido pelo próprio termo elas são referencias, ou seja, fontes fidedignas de um determinado conhecimento. Fontes que se aprofundam em seus conceitos e reflexões e que, portanto, podemos confiar. Quaisquer Dharmas levam em consideração duas principais referencias: as escrituras (Shastras), ou seja, os textos sagrados da tradição e a autoridade de seus Gurus que orientam os procedimentos dos Templos e Ashramas.

 

As escrituras não são apenas uma lista de nomes na descrição de uma página do FaceBook, elas são textos que podem e deveriam ser pesquisados. Aquele(a) que cita uma escritura deveria também deixá-la disponível com facilidade para que outros interessados também pudessem pesquisá-la. Isso é honestidade intelectual.

 

Muitas vezes aqueles que alegam determinadas referencias escriturais nunca leram os livros mencionados e são os mesmos que os desprezam e contradizem em suas citações e “frases de efeito”. Isso é desonestidade intelectual porém é bastante comum na internet.

 

As vezes encontramos citações seguidas de “fulano(a) de tal” Devi, ou “beltrano(a)” Prem e nem sempre estes nomes foram dados pelo Guru da pessoa ou sequer são usados por alguém que realize práticas espirituais. Ocasionalmente podem ser apenas apelidos inventados pela própria pessoa para simular alguma autoridade.

 

Se você sente um genuíno carinho ou afinidade por Shri Shiva, ou o Senhor Ganesha ou quaisquer outros Devas procure conhecê-los melhor, leia diretamente as escrituras que orientam a melhor maneira de agradá-los.

 

Muitos influenciadores(as) falam pelos cotovelos coisas inventadas em suas próprias cabeças – “Shiva não precisa de Templos” (Por que, então, foram construídos ?); “Basta seguir seu coração” (Aqueles que se jogam das pontes também seguiram os seus próprios corações pois não encontraram ninguém que os orientassem); “O importante é somente o amor” (Quantos não matam e destroem o objeto amado com esta mesma alegação ?)

 

O Dharma frutífero se sustenta sobre três pilares relacionados ao três Gunas que mantém todo o mundo: o conhecimento (Jñana), a ação (Kriya) e a fé (Shraddha). Sattvas, Rajas e Tamas.  

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